Brasil à Frente do BRICS: Oportunidade Estratégica para Fortalecer Laços na América Latina, Afirma Especialista



Com a presidência do BRICS nas mãos do Brasil em 2025, há um cenário promissor para a América Latina se fortalecer dentro desse influente grupo de países emergentes. A liderança do Brasil, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não apenas marca um momento estratégico para o país, mas também representa uma oportunidade significativa para consolidar os laços regionais e expandir a influência latino-americana no contexto global.

O BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem como lema “Fortalecendo a cooperação no Sul Global por uma governança mais inclusiva e sustentável”. A atual presidência brasileira surge em um momento de expansão do bloco, com a recente adesão de novos países parceiros, como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia e Uzbequistão. Isso indica uma abertura para a integração de mais nações e a criação de um sistema que priorize pagamentos alternativos ao dólar, utilizando moedas locais.

Daniel Prieto, um analista especializado na dinâmica do BRICS, observar que a administração brasileira pode ser uma chance crucial para a região latino-americana, especialmente com a inclusão da Bolívia e de Cuba como os primeiros membros latino-americanos a fazer parte do grupo. Com a Argentina, que havia iniciado o processo de adesão anteriormente, agora fora do jogo, as discussões sobre a importância de outros países da região participarem do BRICS se intensificam.

Prieto aponta que, para facilitar a adesão de outras nações latino-americanas, o Brasil deve diferenciar claramente as questões políticas, diplomáticas e econômicas dentro do bloco. Essa abordagem pode ajudar a mostrar os benefícios diretos que a participação no BRICS pode trazer, como acesso a investimentos em infraestrutura, que são vitais para o crescimento econômico da região.

Há também uma expectativa em relação à Colômbia, cujo presidente, Gustavo Petro, já expressou interesse em se integrar ao BRICS, enquanto o Chile ainda mantém uma postura mais cautelosa. Para que essas parcerias sejam efetivas, o governo brasileiro precisará demonstrar de forma proativa os projetos que podem ser financiados pelo Banco do BRICS, visando fortalecer a competitividade e a colaboração regional.

Os investimentos nas cadeias de valor, especialmente na área energética e na exploração de recursos naturais, são considerados áreas-chave que podem impulsionar a presença do BRICS na América Latina. A capacidade do Brasil de liderar o bloco e apresentar propostas concretas será fundamental para constrangir um novo cenário de cooperação e desenvolvimento na região. Neste contexto, a presidência brasileira do BRICS não é apenas uma responsabilidade, mas uma oportunidade decisiva para redimensionar o papel da América Latina nos debates globais e nas parcerias internacionais.

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