Borrell pede apoio da UE à Ucrânia em meio a incertezas sobre política de Trump após eleição nos EUA



Em uma recente visita à Ucrânia, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, reafirmou o compromisso do bloco europeu em continuar a apoiar o país em meio a um cenário internacional incerto, especialmente após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Borrell destacou que, apesar da mudança no governo americano, os acordos de assistência à Ucrânia mantêm-se firmes e que o treinamento militar de soldados ucranianos seguirá em ritmo acelerado.

O diplomata europeu expressou que a próxima reunião do Conselho de Relações Exteriores irá priorizar a situação da Ucrânia entre os tópicos discutidos. Durante sua estadia em Kiev, ele enfatizou a necessidade de reforço do suporte internacional, não apenas na esfera militar, mas também em termos de diplomacia e segurança, realçando que a situação atual é crítica e requer ação contínua.

Borrell também observou que quase 50% de toda a ajuda global destinada à Ucrânia vem da União Europeia, com a assistência militar já ultrapassando 45 bilhões de euros. Com a intenção de expandir esse esforço, ele anunciou que até o final do inverno, a UE planeja treinar um total de 75 mil combatentes ucranianos, sendo que 60 mil já passaram pelo processo.

Além disso, Borrell não hesitou em pedir mais recursos e apoio, insistindo na urgência de aumentar a assistência militar, acelerar suprimentos e permitir que as forças ucranianas ataquem em território inimigo. Ele indicou que é prematuro especular sobre as futuras políticas de Trump em relação à Ucrânia, considerando que isso poderia impactar a dinâmica do apoio que o país vem recebendo da comunidade internacional.

O Kremlin, por outro lado, tem criticado a intervenção ocidental, alegando que o fornecimento de armamentos à Ucrânia por parte dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não apenas agrava o conflito, mas também prejudica qualquer tentativa de negociação pacífica. As tensões continuam a aumentar, e a situação permanece volátil, com o futuro do apoio ocidental à Ucrânia dependendo das futuras decisões políticas tanto em Washington quanto em Bruxelas.

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