Em suas declarações, Bolsonaro enfatizou a importância de combater organizações criminosas na Tríplice Fronteira, região que engloba Brasil, Paraguai e Argentina. Ele sublinhou que permitiria a instalação de uma base militar dos EUA nessa área estratégica, o que levanta preocupações sobre a soberania nacional e as implicações de relações militares com potências estrangeiras.
As declarações de Bolsonaro se dão em um momento em que o Brasil está prestes a sediar a cúpula do BRICS, um grupo que também inclui países como Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros parceiros. Sua proposta de saída deste bloco econômico pode ser vista como uma tentativa de distanciar o país de uma aliança que, para muitos, tem sido fundamental para o fortalecimento da soberania econômica do Brasil e novo posicionamento no cenário global.
Essas afirmações de Bolsonaro ocorrem também em um contexto mais amplo, onde seus aliados internacionais, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o novo presidente da Argentina, Javier Milei, estão realizando movimentos semelhantes, retirando seus países de organismos e tratados internacionais. Essas decisões podem alterar significativamente a dinâmica de cooperação regional e as estratégias militares e de segurança na América do Sul.
À medida que o Brasil se aproxima das eleições presidenciais de 2026, as pesquisas indicam que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera como o favorito. Essa realidade traz um cenário de incertezas sobre o futuro político do país e sobre as reais chances de retorno de Bolsonaro ao cenário político brasileiro. Conservar a atenção sobre essas questões é crucial para compreender as tendências políticas no Brasil e as suas implicações na arena internacional.