Bolsonaro promete retirar Brasil do BRICS e da OMS se voltar ao poder, mesmo inelegível até 2030, e defende base militar dos EUA na Tríplice Fronteira.



O ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo enfrentando a inelegibilidade até 2030 imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez uma declaração polêmica ao manifestar suas intenções de retirar o Brasil de importantes organizações internacionais, como o BRICS e a Organização Mundial da Saúde (OMS), caso retorne ao poder nas futuras eleições. Durante uma entrevista, Bolsonaro afirmou que, se for reeleito, tomaria medidas drásticas em relação à política externa do Brasil, destacando a necessidade de um “acordo militar sólido” com os Estados Unidos.

Em suas declarações, Bolsonaro enfatizou a importância de combater organizações criminosas na Tríplice Fronteira, região que engloba Brasil, Paraguai e Argentina. Ele sublinhou que permitiria a instalação de uma base militar dos EUA nessa área estratégica, o que levanta preocupações sobre a soberania nacional e as implicações de relações militares com potências estrangeiras.

As declarações de Bolsonaro se dão em um momento em que o Brasil está prestes a sediar a cúpula do BRICS, um grupo que também inclui países como Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros parceiros. Sua proposta de saída deste bloco econômico pode ser vista como uma tentativa de distanciar o país de uma aliança que, para muitos, tem sido fundamental para o fortalecimento da soberania econômica do Brasil e novo posicionamento no cenário global.

Essas afirmações de Bolsonaro ocorrem também em um contexto mais amplo, onde seus aliados internacionais, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o novo presidente da Argentina, Javier Milei, estão realizando movimentos semelhantes, retirando seus países de organismos e tratados internacionais. Essas decisões podem alterar significativamente a dinâmica de cooperação regional e as estratégias militares e de segurança na América do Sul.

À medida que o Brasil se aproxima das eleições presidenciais de 2026, as pesquisas indicam que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera como o favorito. Essa realidade traz um cenário de incertezas sobre o futuro político do país e sobre as reais chances de retorno de Bolsonaro ao cenário político brasileiro. Conservar a atenção sobre essas questões é crucial para compreender as tendências políticas no Brasil e as suas implicações na arena internacional.

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