Bolsonaro é Indiciado por Golpe após Advogado Revelar Conhecimento sobre Plano contra Lula e Alckmin, Mas Depois Rectifica Declaração Durante Entrevista.

Na última quinta-feira, a Polícia Federal do Brasil indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 outras pessoas ligadas à sua administração, em um processo que apura a tentativa de um golpe de Estado ocorrido em dezembro de 2022. O indiciamento está atrelado a um complexo esquema que visava impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, após sua vitória nas eleições. O documento da PF é extenso, com mais de 800 páginas, e envolve figuras proeminentes, incluindo aliados próximos de Bolsonaro, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.

Em um desdobramento desta investigação, o advogado Cezar Bittencourt, que defende Mauro Cid, um dos delatores do caso, fez declarações impactantes durante uma entrevista à GloboNews. Bittencourt afirmou que Cid confirmou no Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano que envolvia não apenas Lula, mas também o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. No entanto, a conexão da entrevista enfrentou problemas técnicos, e quando restabelecida, o advogado suavizou suas declarações, ressaltando que não havia falado em um “plano de morte”.

A tentativa de golpe, de acordo com a PF, foi orquestrada em resposta à derrota de Bolsonaro nas urnas, e a investigação busca identificar se o ex-presidente estava no comando das ações que visavam frustrar a ordem democrática. O indiciamento gerou reações diversas, tanto de aliados de Bolsonaro, que interpretam a ação como uma manobra política, quanto de críticos que veem como uma necessária responsabilidade por atos que desafiam a democracia.

Com o avanço das investigações, a situação de Bolsonaro se torna cada vez mais delicada. A revelação de que ele teria conhecimento do suposto plano levanta questões quanto à sua responsabilidade direta e à estrutura de poder que permeava sua gestão. Essas revelações poderão ter desdobramentos significativos não apenas no cenário político, mas também nas eleições futuras e na percepção pública da democracia brasileira.

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