Com pouco mais de um ano no cargo, Bolsonaro se pronunciou publicamente em um ato em Brasília, onde manifestantes pediam abertamente a volta da ditadura. Ao invés de censurá-los, o presidente os exaltou, declarando que não queria negociar, mas sim agir pelo Brasil, em um discurso inflamado que foi recebido com entusiasmo pela multidão.
A escolha dos auxiliares de Bolsonaro também foi alvo de críticas, sendo que muitos deles eram militares, o que causou estranhamento e levantou questionamentos sobre a influência das Forças Armadas no governo. A presença desses militares em cargos civis foi vista como uma quebra de protocolo, comprometendo a disciplina e a ética militar.
Mesmo diante de todos os indícios de incompetência e autoritarismo, parte da direita manteve seu apoio a Bolsonaro, inclusive durante a campanha para a reeleição. No entanto, por uma margem apertada, o presidente não conseguiu se reeleger, ficando atrás de Lula, que representava a chamada frente ampla pela democracia.
A crise se intensificou quando Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal e enfrentou denúncias da Procuradoria-Geral da República, colocando em cheque a legitimidade de seu governo. O surgimento de um plano de golpe e o envolvimento de personalidades políticas influentes acenderam o alerta para a ameaça à democracia e ao Estado de Direito.
Diante desse cenário conturbado, a direita civilizada se vê diante de um grande dilema: apoiar ou repudiar Bolsonaro e seus aliados golpistas. A escolha de um lado se torna inevitável, uma vez que a crise política se aprofunda e as consequências da gestão desastrosa do presidente se tornam cada vez mais evidentes. É um momento crucial para a política brasileira, onde cada indivíduo deve decidir em qual lado da história deseja estar.