O depoimento foi convocado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no contexto de um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo do ex-presidente americano Donald Trump. As suspeitas recaem sobre o deputado licenciado, que teria criado articulações nos EUA para promover sanções contra figuras proeminentes do governo brasileiro, incluindo membros do STF, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, utilizando a Lei Magnitsky.
Bolsonaro chegou à sede da Polícia Federal pouco antes das 15h e deixou o local após as 17h. De acordo com os investigadores, o ex-presidente pode ter sido beneficiado diretamente pelas ações do filho, o que motivou sua convocação para esclarecer esses episódios. Eduardo, por sua vez, prestará seu depoimento de forma escrita, uma vez que está fora do país desde março. Ele se afastou da Câmara dos Deputados alegando a necessidade de denunciar possíveis abusos cometidos por Moraes.
O inquérito em questão foi instaurado no dia 26 de maio, após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), fundamentado em uma representação apresentada pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). O parlamentar também foi ouvido pela Polícia Federal na mesma semana. A PGR salientou que Eduardo Bolsonaro tem aberto publicamente sobre sua atuação na esfera internacional e manifestado a intenção de promover represálias contra autoridades brasileiras. Essa situação ilustra um momento crítico na política nacional, envolvendo questões de poder, e reflete a crescente tensão entre representantes do governo e as instituições judiciais do país.
