Bolsonaro chama delação de ex-ajudante de “tortura” e nega tentativa de golpe em entrevista à CBN Recife



O ex-presidente Jair Bolsonaro surpreendeu a todos ao classificar a delação de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, como “tortura”. Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar a denúncia, Bolsonaro se manifestou publicamente, acusando o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de pressionar o delator durante uma audiência no STF.

No último dia 19 de fevereiro, Alexandre de Moraes decidiu levantar o sigilo dos depoimentos de Mauro Cid, concedendo um prazo de 15 dias para que Bolsonaro e os demais 33 denunciados se manifestem sobre o conteúdo das declarações. O grupo foi acusado de golpe de Estado e formação de organização criminosa, em relação a uma investigação que envolve uma suposta trama para evitar a posse do ex-presidente Lula.

Segundo os documentos revelados, Moraes teria pressionado Mauro Cid durante a audiência, chegando a afirmar que essa era a última chance do delator dizer a verdade. Posteriormente, a delação foi mantida, gerando críticas por parte de Bolsonaro que alegou tortura no processo.

Em entrevista à CBN Recife, Bolsonaro afirmou que a delação de Mauro Cid foi obtida de forma coercitiva e que o Ministro Alexandre de Moraes teria ameaçado a família do delator para obter informações. Além disso, o ex-presidente negou qualquer envolvimento em um suposto golpe de Estado e disse que não poderia conspirar contra si mesmo.

Diante das acusações da PGR, Bolsonaro enfrenta graves acusações que incluem organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, entre outros. Caso se torne réu, o ex-presidente pode enfrentar sanções judiciais, além das medidas cautelares que já foram impostas, como a retenção do passaporte, impedindo-o de comparecer a eventos importantes, como a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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