Bolsonaro, que se encontra restrito a Brasília devido às medidas cautelares impostas, revelou que agentes da PF realizaram uma busca e apreensão em sua residência, onde foram encontrados R$ 7 mil e cerca de US$ 14 mil, todos com origem comprovada. O ex-presidente fez questão de enfatizar que nunca teve a intenção de deixar o Brasil, ressaltando que o objetivo das restrições é, segundo ele, desmerecer sua reputação.
Questionado sobre o inquérito que investiga sua possível participação nos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro, Bolsonaro declarou que se trata de uma ação política que carece de provas concretas. “Nada de concreto existe ali”, afirmando ainda que a própria PF não o implicou nos incidentes daquele dia, enquanto o Procurador-Geral da República (PGR) teria extrapolado ao vinculá-lo aos eventos. Para ele, o que ocorreu foi um “golpe de festim”, desprovido de forças armadas ou armamentos, reforçando sua perspectiva de que os episódios foram dramatizados.
Bolsonaro disse esperar que o julgamento de sua situação seja técnico e não político, evidenciando um descontentamento com a condução do processo. Ele salientou que nunca planejou buscar asilo em uma embaixada, embora as condições impostas às suas atividades o façam se sentir constrangido. As medidas cautelares, que incluem restrições de acesso a locais como embaixadas e limitações de horários, foram descritas por ele como uma forma de humilhação.
Além disso, ao abordar a relação do Brasil com os Estados Unidos, o ex-presidente expressou sua preocupação com a tendência do país latino-americano de se afastar das nações desenvolvidas, sugerindo que essa situação pode ter repercussões futuras nos laços diplomáticos e econômicos dele. A tensão em torno de suas afirmações ressalta não apenas a instabilidade de sua posição política, mas também o clima polarizado que permeia a política brasileira atual.