Bolsonaro utilizou suas redes sociais para criticar diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que lidera as investigações relacionadas a este caso. Ele alegou que Moraes age de forma arbitrária, manipulando depoimentos e realizando prisões sem a devida fundamentação legal. “Faz tudo o que não diz a lei”, declarou Bolsonaro, insinuando que o processo judicial contra ele é baseado em uma narrativa fabricada e criada pela equipe que o investiga. O ex-presidente também mencionou que seu advogado analisaria os detalhes do indiciamento antes de tomar qualquer decisão sobre sua defesa legal, enfatizando que “a luta começa na Procuradoria-Geral da República [PGR]”.
O indiciamento de Bolsonaro ocorre em um contexto ainda mais grave, já que a PF havia recentemente revelado detalhes sobre uma tentativa de assassinato que envolveu não apenas Lula, mas também o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. A investigação resultou na prisão de cinco indivíduos, muitos dos quais têm vínculos próximos com o ex-presidente, levantando preocupações sobre a segurança e a integridade do processo democrático brasileiro.
A conclusão das investigações da PF, documentada em um relatório de mais de 800 páginas, inclui tanto aliados de Bolsonaro quanto figuras prominentes em sua administração, sendo Valdemar Costa Neto, presidente do PL, uma das pessoas mencionadas. Essa situação evidencia a continua polarização política no Brasil e as questões de legalidade e justiça que permeiam o atual cenário investigativo, colocando em cheque não só a figura de Jair Bolsonaro, mas também a estabilidade democrática do país.
