No Reino Unido, o índice FTSE 100 teve um aumento de 0,17%, chegando a 8.205,11 pontos. Isso ocorreu após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor, que desacelerou para 2% em maio, retornando à meta estabelecida pelo Banco da Inglaterra pela primeira vez desde 2021. No entanto, a inflação de serviços, mais relevante para o BoE, superou as expectativas pelo segundo mês consecutivo.
Analistas acreditam que, diante dos sinais de inflação persistente, o BoE manterá sua taxa de juros na próxima reunião de política monetária, adiando uma possível redução para agosto. O núcleo da inflação no Reino Unido ainda permanece elevado, o que pode influenciar as decisões futuras do banco central.
Na zona do euro, a situação é um pouco diferente. O Banco Central Europeu (BCE) pode adotar políticas monetárias mais flexíveis caso a inflação continue a se moderar. O dirigente do BCE Mario Centeno mencionou que o ciclo das taxas de juros continuará a evoluir, caindo se a inflação permitir.
A Comissão Europeia recomendou a sete países da zona do euro a abertura do “procedimento de déficit excessivo”, em meio a críticas ao acúmulo de dívidas públicas. A situação é especialmente delicada na França, que enfrenta um déficit anual de 5,5% no ano passado, em um momento crucial de campanha eleitoral.
Em Paris, o CAC 40 teve a maior queda, recuando 0,77%, enquanto o FTSE MIB em Milão caiu 0,29%. O DAX em Frankfurt teve uma baixa de 0,36%, o Ibex35 em Madri baixou 0,21% e o PSI20 em Lisboa recuou 0,44%. No mercado europeu, as incertezas políticas e econômicas continuam a impactar as bolsas e os investidores permanecem cautelosos diante desse cenário desafiador.