BNDES e Finep lançam chamada pública para fomento de planos de negócios em minerais estratégicos para transição energética.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), anunciou na última terça-feira (7) o lançamento de uma chamada pública para incentivar planos de negócios voltados para a transformação de minerais estratégicos na transição energética e descarbonização. A iniciativa visa a desenvolver cadeias de minerais como lítio, terras raras, níquel, grafite e silício, além de mobilizar investimentos para a fabricação de células de baterias, células fotovoltaicas e imãs permanentes.

Com um orçamento de R$ 5 bilhões, o BNDES e a Finep irão investir em capacidade produtiva, pesquisa e inovação. Esse apoio incluirá linhas de crédito, participação acionária em empresas e recursos não reembolsáveis. O objetivo é abranger desde plantas industriais até plantas-piloto ou de demonstração que contribuam para viabilizar novas capacidades industriais. A expectativa é de que a chamada impulsione investimentos em um volume de cinco a dez vezes o orçamento disponibilizado.

A exploração de minerais estratégicos é essencial para garantir a transição energética, visto que são fundamentais na fabricação de peças e equipamentos ligados à energia verde, como painéis fotovoltaicos e baterias. O Brasil, por sua vez, possui vastas reservas desses minerais, como nióbio, grafite, lítio, silício e níquel, o que o coloca em uma posição favorável para impulsionar a produção internacional e desenvolver suas capacidades de geração de energia eólica e solar, além de alimentar o mercado automotivo em processo de eletrificação.

Entretanto, a exploração desses minerais também tem gerado consequências negativas, como conflitos sociais e ambientais. Um estudo realizado pelo Grupo Poemas identificou 348 ocorrências de violações de direitos em 249 localidades entre 2020 e 2023, afetando pelo menos 101 mil pessoas. Diante disso, é necessário adotar medidas para evitar a ampliação desses conflitos e garantir uma transição energética sustentável e consciente.

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