Eduardo Bolsonaro, que anteriormente se licenciou de seu mandato e se mudou para os Estados Unidos, alegou estar fugindo de uma suposta perseguição política. Essa licença terminou no último domingo, 20 de outubro, e o deputado já deixou claro que não pretende retornar ao Brasil nem renunciar ao cargo. Segundo as normas do regimento interno da Câmara dos Deputados, a ausência prolongada do deputado pode resultar em cassação de seu mandato.
As investigações que recaem sobre Eduardo Bolsonaro no Supremo envolvem a acusação de que ele incitou o governo norte-americano a adotar medidas contra o Brasil e suas instituições, ancoradas em um contexto mais amplo de investigações sobre ações golpistas em que seu pai, Jair Bolsonaro, figura como réu. Em resposta ao bloqueio, Eduardo manifestou sua indignação através de uma rede social, afirmando que não foi pego de surpresa pela decisão e aproveitou para criticar a postura do ministro Alexandre de Moraes.
Ainda no mesmo dia, Moraes estabeleceu um prazo de 24 horas para que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se posicionasse sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF. Essa advertência aconteceu após o ex-presidente ter publicado links de entrevistas realizadas recentemente, desrespeitando uma das restrições que proíbem o uso de redes sociais.
Essas decisões revelam um cenário tenso e complexo na política brasileira, trazendo à tona questões sobre liberdade de expressão, os limites da ação penal e a relação entre políticos e o sistema judicial. O desenrolar dos fatos promete ser acompanhando de perto, com potenciais impactos nas decisões futuras tanto do STF quanto do andamento político no Brasil.