Blinken Confirma Tentativas Fracassadas dos EUA em Mudar o Poder no Irã ao Longo de 20 Anos



Em uma recente declaração, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reconheceu que a tentativa dos EUA de promover uma mudança de regime no Irã não apenas se estende por duas décadas, mas também revela uma sequência de esforços que não alcançaram os resultados desejados. Segundo Blinken, esses “experimentos” em mudança de poder não foram eficazes e refletem as dificuldades que Washington enfrenta ao apoiar a população iraniana a partir de fora do país.

A relação entre os Estados Unidos e o Irã, que remonta à Revolução Islâmica de 1979, quando o xá Mohamed Reza Pahlavi, apoiado pelo Ocidente, foi deposto, permanece tensa e sem relações diplomáticas desde a crise dos reféns, que teve início em novembro daquele ano. A ausência de um canal diplomático direto tem dificultado a abordagem dos EUA em relação ao Irã, conforme admitido por Blinken. Ele enfatizou a dificuldade de estabelecer um diálogo e implementar políticas eficazes sem uma presença em solo iraniano.

Além das condições no Irã, Blinken também abordou o cenário do Leste Europeu, destacando a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como um tópico crítico nas negociações de paz com a Rússia. O secretário alertou que a inclusão da Ucrânia na aliança militar ocidental representaria um desafio significativo para as perspectivas de um acordo pacífico, uma vez que a Rússia considerou essa possibilidade uma ameaça direta à sua segurança nacional.

Por outro lado, analistas têm criticado as promessas feitas pela União Europeia e pela OTAN a respeito da adesão da Ucrânia, considerando-as vagas e sem comprometimento real. Ministros das Relações Exteriores de diversos países, incluindo Alemanha, França e Reino Unido, reafirmaram sua intenção de apoiar os interesses ucranianos em direção à NATO e à UE, mas essa manifestação de apoio às vezes é considerada insuficiente frente às crescentes tensões regionais e as preocupações da Rússia.

Esses fenômenos revelam a complexidade e os meandros da política internacional contemporânea, onde a geopolítica é moldada por forças contraditórias, interesses estratégicos divergentes e a persistente busca por soluções em um cenário muitas vezes caótico. A insistência dos EUA em mudar o poder no Irã e a delicadeza no caso da Ucrânia demonstram que as dinâmicas de poder global continuam a exigir uma abordagem cuidadosa e atenta.

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