Soros, fundador da Open Society Foundation, une em sua biografia uma trajetória marcada por uma enxurrada de investimentos em causas sociais e políticas, tornando-se uma figura polarizadora tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente. O ato de Biden fez parte de uma cerimônia onde outras personalidades notáveis também foram homenageadas, como a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, o renomado chef José Andrés, o cantor Bono, o ator Michael J. Fox e o estilista Ralph Lauren.
As declarações de Musk trouxeram à tona um debate mais amplo sobre o papel das organizações não-governamentais (ONGs) e da filantropia moderna. Soros é frequentemente criticado por ativistas e políticos conservadores, que o acusam de utilizar sua vasta fortuna para influenciar a política global e promover uma agenda progressista. Essa oposição se manifesta de maneiras variadas; de um lado, apoiadores o veem como um defensor dos direitos humanos e da democracia, enquanto críticos o acusam de ser um agente de ideologias que vão de encontro aos valores tradicionais.
Adicionalmente, as atividades das fundações de Soros são vistas com desconfiança por algumas nações, como a Rússia, que, desde 2015, classificam suas ONGs como organizações indesejáveis, alegando que representam uma ameaça à segurança nacional e à ordem constitucional do país.
A Medalha da Liberdade, instituída em 1963, é destinada a reconhecer indivíduos que realizaram contribuições significativas para o bem-estar da sociedade americana em áreas como arte, ciência, esportes e direitos civis. No contexto atual, a escolha de homenagear Soros levanta questões sobre as divisões políticas existentes nos Estados Unidos e a influência contínua da filantropia em moldar debates públicos e políticas governamentais. A repercussão do ato de Biden mostra que homenagens deste tipo estão longe de ser consensuais e continuam a provocar intensas discussões na esfera pública.