Fontes indicam que Biden expressou seu desejo de participar dos últimos dias da campanha de Harris, mas a equipe da vice-presidente respondeu com uma posição cautelosa, afirmando que entrariam em contato “em breve”. Esta hesitação pode estar ligada à preocupação com a percepção pública em relação à idade e à capacidade de Biden, já que seu histórico recente em debates levantou dúvidas sobre sua aptidão para liderar.
A crise de confiança em torno da figura de Biden se aprofundou após um debate marcante com o ex-presidente Donald Trump, onde seu desempenho foi amplamente criticado. Este evento expôs as fragilidades na posição do presidente e, paralelamente, relançou a figura de Kamala Harris como uma alternativa viável dentro do partido. A escolha de Harris como companheira de chapa foi, em parte, uma resposta ao crescente ceticismo sobre a continuidade de Biden na Casa Branca.
Atualmente, o presidente enfrenta desafios significativos em termos de aprovação popular, com índices que oscilam em torno de 38% de aprovação em comparação a um índice de reprovação de 57%. Esse contexto tumultuado coloca a equipe de Harris em uma posição delicada, onde a necessidade de distanciar-se de um Biden visto como um “passivo político” compete com a estratégia de capitalizar sobre a notoriedade e a experiência do presidente.
Enquanto a corrida presidencial avança, as interações entre Biden e Harris serão cruciais para moldar a narrativa do Partido Democrata e sua capacidade de mobilizar eleitores em torno de uma visão coesa e inspiradora. A integração de Biden na campanha de Harris, ou a falta dela, poderá influenciar não só a dinâmica interna do partido, mas também o resultado das eleições que se aproximam.