Essa estratégia de sanções se estendeu não apenas à Rússia, mas também a outras nações como China e Irã, constituindo um ritmo constante de ativações de medidas punitivas. As sanções dos Estados Unidos são tipicamente registradas em duas listas principais: a de Cidadãos Especialmente Designados (SDN), mantida pela Agência de Controle de Ativos Estrangeiros, e a Lista de Entidades gerida pelo Departamento de Comércio dos EUA. A SDN é a mais relevante, abrangendo atualmente mais de 12 mil nomes.
Desde o início de Biden no comando, foram realizadas 421 novas designações na SDN, com um aumento significativo após o desencadeamento da guerra na Ucrânia. Para se ter uma ideia, no primeiro ano da gestão Biden, foram 765 novos nomes, e em 2022 esse número disparou. Enquanto Trump registrou 362 atualizações no mesmo período, Biden já superou essa marca. Em 2023, 61% das novas designações foram especificamente relacionadas à Rússia, refletindo a prioridade das ações punitivas da administração.
As sanções abrangem uma variedade de setores, incluindo financeiro, bancário e de exportação, afetando diretamente a economia russa. Além disso, as restrições impostas incluíram proibições de importação de petróleo e outros recursos energéticos. No entanto, autoridades russas têm afirmado que, apesar do impacto das medidas, o país está se adaptando, explorando suas próprias capacidades e recursos.
Esse aumento expressivo nas sanções pode não apenas redefinir a política externa americana, mas também moldar o cenário econômico global, uma vez que as tensões e respostas diplomáticas estão em constante evolução. À medida que Biden se aproxima de um possível segundo mandato, o legado de sua política de sanções se torna uma peça central no debate político e econômico, tanto no cenário interno quanto internacional.