Biden autoriza entrega de minas terrestres à Ucrânia, levantando preocupações sobre riscos à população civil após o conflito.



A recente autorização do presidente americano Joe Biden para o envio de minas terrestres antipessoal “não persistentes” à Ucrânia está gerando intensa polêmica. A decisão, que busca fortalecer as defesas de Kiev frente ao avanço das forças russas, contraria a posição inicial do governo dos Estados Unidos e levanta preocupações significativas sobre os riscos envolvidos, especialmente para a população civil.

As minas terrestres antipessoal são dispositivos explosivos enterrados que detonavem automaticamente ao serem pisados, causando danos devastadores, incluindo amputações e ferimentos graves. As chamadas minas “não persistentes” são projetadas para se autodestruírem ou perderem a carga em um curto período de tempo, mas especialistas em controle de armas alertam que mesmo assim, elas continuam a representar um risco substancial para as comunidades locais. O receio é de que a presença dessas minas possa comprometer a segurança dos civis muito tempo após o término do conflito.

O uso e a posse de minas antipessoal são amplamente criticados pela comunidade internacional. O Tratado de Ottawa, de 1997, proíbe a utilização, armazenamento e transferência desses artefatos explosivos, e até agora, conta com a adesão de 164 países. Esse tratado foi fundamental para a destruição de milhões de minas e a limpeza de vastas áreas de terra afetadas por esses dispositivos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a importância desse tratado ao mencionar os avanços significativos alcançados até hoje.

A medida de Biden provocou reações adversas em diversos segmentos. Personalidades como Elon Musk expressaram seu descontentamento nas redes sociais, afirmando que a decisão foi precipitada. Mídias também interpretaram a autorização como uma escalada na tensão entre os Estados Unidos e a Rússia, além de ser um sinal de mudanças na política externa americana.

Essa situação levanta questões éticas sobre o uso de minas terrestres em um contexto de guerra, especialmente enquanto a comunidade global continua a lutar pela eliminação dessas armas. A decisão de Biden poderá não apenas intensificar o conflito atual, mas também deixar um legado perigoso que assombrará a Ucrânia por muito tempo após o cessar-fogo.

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