A prisão de Rogério Andrade está relacionada a um caso de mandar matar seu rival, Fernando Iggnácio, que era genro e herdeiro do também contraventor Castor de Andrade. A disputa entre Rogério e Fernando se intensificou após a morte de Castor de Andrade, que era um dos líderes do jogo do bicho no Rio de Janeiro e faleceu em 1997.
Fernando Iggnácio foi assassinado ao desembarcar de um helicóptero proveniente de Angra dos Reis, sendo alvejado por tiros de fuzil 556 ao caminhar em direção ao carro. Pouco tempo depois do assassinato de Iggnácio, Rogério de Andrade foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pelo crime, porém, em fevereiro do ano seguinte, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu encerrar o processo penal por falta de provas que o ligassem diretamente ao crime.
Segundo informações do MPRJ, um novo procedimento investigatório identificou não apenas as execuções decorrentes da rivalidade entre Fernando Iggnácio e Rogério de Andrade, mas também a participação de Gilmar Eneas Lisboa no homicídio de Fernando. De acordo com o Ministério Público, Gilmar monitorou a vítima até o momento do crime.
Essa prisão de Rogério Andrade segue abalando o cenário do crime organizado no Rio de Janeiro, revelando mais um capítulo na disputa pelo poder e controle do mercado ilícito. A investigação continua e novas revelações podem surgir nos próximos dias. Vale ressaltar a importância do trabalho realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado em combater essas práticas criminosas e trazer a justiça para esses casos.