De acordo com ambas as empresas, o processo judicial em curso no Reino Unido está lidando com questões que já foram resolvidas no Brasil, considerando-o uma venda de ilusões. A reação veio após afirmações do advogado britânico Tom Goodhead de que a Vale estaria mais disposta a fazer a coisa certa, enquanto a BHP estaria agindo de forma protelatória na defesa do caso de Mariana.
Goodhead lidera o escritório que representa as vítimas do desastre de Mariana no processo que encerrou hoje a fase de alegações. Há expectativa de uma decisão sobre a responsabilidade da BHP no segundo semestre deste ano, com a Vale sendo responsável por metade de uma eventual indenização, embora não esteja entre as rés.
A nota conjunta emitida pelas empresas destaca o compromisso em encontrar soluções justas e eficazes para as vítimas do rompimento da barragem de Fundão. O Acordo de Reparação, homologado pelo Supremo Tribunal Federal em novembro de 2024, traz segurança jurídica e representa uma solução definitiva para os impactados pelo desastre.
O Programa Indenizatório Definitivo já recebeu mais de 80 mil requerimentos desde sua abertura em fevereiro deste ano, demonstrando avanços na reparação das vítimas. Além disso, 26 municípios aderiram ao acordo brasileiro, fortalecendo políticas públicas para a criação de empregos, investimentos e a melhoria da qualidade de vida das populações afetadas.
Em contrapartida, as empresas argumentam que o processo em curso no Reino Unido é complexo, prolongado e incerto para as partes envolvidas, ao contrário do que foi construído com responsabilidade e transparência no Brasil. No entanto, a Vale e a BHP reiteram seu compromisso em trabalhar juntas para compensar e reparar os danos causados pelo desastre de Mariana.
