Bebê palestina nasce prematuramente e supera cirurgia em Florença após a remoção de tumor raro de 2 kg, enquanto família enfrenta crise humanitária.

Uma bebê palestina, que nasceu prematuramente na Faixa de Gaza, passou por uma cirurgia delicada para a remoção de um tumor raro de 2 quilos na base da coluna vertebral. A recém-nascida chegou à Itália em setembro, com apenas 10 dias de vida, durante um período crítico de crise humanitária na região palestina, sendo diagnosticada com um teratoma sacrococcígeo, um tipo pouco comum de tumor que afeta os recém-nascidos.

O Hospital Infantil Meyer, em Florença, recebeu a pequena paciente assim que seu quadro clínico permitiu, conforme um comunicado oficial emitido nesta terça-feira. Hoje, com 28 dias, a bebê está em fase de recuperação na unidade de terapia intensiva neonatal. A equipe médica do hospital se mostrou profundamente comovida com o caso. O chefe da terapia intensiva, Marco Moroni, comentou sobre a operação, revelando que um de seus neonatologistas viajou até Gaza para realizar a transferência da recém-nascida, que foi transportada por meio de um voo especial.

A história da bebê se tornou conhecida graças à divulgação nas redes sociais por parte do jornalista palestino Mosab Abu Toha, premiado com o Prêmio Pulitzer, e a repórter italiana Mariangela Pira, que também colaborou amplamente para dar visibilidade ao caso.

Ao lado de sua esposa, Nancy, e dos outros três filhos, um pai emocionado, Moataz, conhece bem os desafios trazidos pela guerra. Ele falou abertamente sobre as dificuldades enfrentadas durante a gestação e o parto em um cenário de bombardeios, onde eles constantemente mudavam de abrigo para proteger a família. “Estávamos sempre aterrorizados, buscando um lugar seguro para que minha esposa pudesse dar à luz. Após o nascimento, eu ainda precisava procurar um abrigo seguro, longe do hospital, para onde levamos minha esposa e o recém-nascido”, contou ele, refletindo a tensão que cercou o momento.

Embora a saúde da bebê apresente sinais de melhora, a família mantém um senso de cautela. “Minha filha está se recuperando, mas como pai, não conseguirei relaxar até que ela esteja em casa, completamente recuperada”, destacou Moataz. O médico Moroni acrescentou que a bebê está ganhando peso progressivamente e que sua ferida pós-cirúrgica está cicatrizando bem, trazendo esperança para a família em um momento tão delicado.

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