Bebê nasce com DIU grudado nas costas e surpreende médicos: o “milagre” de Bernardo gera debates sobre eficácia do método contraceptivo.



O Nascimento Inusitado de um "Bebê Milagre"

Recentemente, um caso inusitado de gravidez gerou grande repercussão nas redes sociais. Um bebê, que foi chamado de "milagre" online, nasceu com um dispositivo intrauterino (DIU) grudado em suas costas. A história aconteceu no início de maio e ganhou destaque a partir de uma postagem da ginecologista Rafaela Frota.

Conforme informações de especialistas, a situação é extremamente rara, com apenas duas em mil mulheres que utilizam o DIU hormonal conseguindo engravidar enquanto o dispositivo está em uso. A ginecologista Marcela Fiadeiro explicou que a ocorrência deste tipo de gestação, embora incomum, não significa que o DIU não seja um método eficaz de contracepção. A mãe do bebê, que optou por não se manifestar publicamente, teve acompanhamento médico desde o momento em que descobriu sua gravidez, aos três meses.

Ainda de acordo com a médica Rafaela, o DIU não estava causando danos ao bebê. O dispositivo ficou grudado na pele do recém-nascido devido à presença do vernix, uma substância protetora que cobre a pele dos fetos durante a gestação. Após o parto, o bebê foi colocado no colo da mãe, apresentando-se saudável e sem complicações.

Por mais excepcional que este caso pareça, a ginecologista Marcela Fiadeiro reafirma que o DIU continua sendo uma das formas de contracepção mais seguras disponíveis. Ela destacou que o DIU de cobre, por exemplo, tem uma taxa de falha de cerca de oito mulheres por mil anualmente, enquanto o DIU hormonal tem uma taxa ainda menor, com apenas duas em mil mulheres engravidando anualmente.

A médica ressaltou também a importância de o paciente Monitorar sinais corporais após a colocação do DIU, como sangramentos ou cólicas fora do período menstrual, que podem indicar que o dispositivo não está bem posicionado e requer avaliação médica.

O evento trouxe à tona debates sobre os diferentes métodos contraceptivos e suas eficiências. Enquanto alguns métodos podem apresentar riscos ao feto em caso de falhas, a questão sobre o DIU se mantém clara: durante a gestação, o dispositivo não representa perigo para o bebê diretamente. A ocorrência de parto prematuro ou abortamento espontâneo pode estar mais associada à presença do DIU.

Diante desse caso, fica evidenciado que, embora o DIU tenha uma taxa de eficácia altíssima, a supervisão médica se torna crucial para garantir a saúde e bem-estar tanto da mãe quanto do bebê durante a gestação.

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