A preparatória e o início de combate de Beatriz já anunciavam que o duelo seria desafiador. Com uma diferença de altura em desvantagem (1,63m contra 1,69m), Bia sabia que a luta exigiria uma performance excepcional tanto física quanto tecnicamente. A estudo da oponente fez parte do plano estratégico da comissão técnica da seleção brasileira, cientes de que a ausência de Harrington nos dois Mundiais deste ciclo olímpico era uma tática da irlandesa para manter seu estilo de luta mais oculto, dificultando a coleta de informações pelas adversárias.
A trajetória de Beatriz no torneio olímpico de Paris-2024 foi marcada por excelentes performances. Ela entrou em ação diretamente nas oitavas de final, onde enfrentou e venceu a norte-americana Jajaira González por decisão unânime dos juízes (5 a 0). Em seguida, na fase de quartas de final, Beatriz venceu também por decisão unânime a holandesa Chelsey Heijnen, demonstrando sua habilidade técnica e preparo físico de alto nível.
Mesmo com o desfecho não sendo dourado nesta ocasião, Beatriz Ferreira continua a pavimentar um caminho de excelência no boxe feminino, ampliando suas conquistas internacionais e solidificando seu nome como uma das grandes pugilistas da modalidade. O bronze conquistado em Paris se junta à prata obtida em Tóquio, mostrando a consistência e a tenacidade da brasileira no cenário olímpico. A determinação e o talento de Beatriz continuam a inspirar muitos jovens atletas, elevando o nome do Brasil nos ringues de boxe ao redor do mundo.