Antes de sua participação no programa, Marcelo já enfrentava acusações relacionadas a um esquema de pirâmide financeira envolvendo a empresa Unick Forex, que causou um prejuízo bilionário aos investidores. A empresa sediada em São Leopoldo (RS) captava investidores com a promessa de retornos financeiros impressionantes, oferecendo lucros de até 33% ao mês. Para atrair mais pessoas, a empresa adotava um sistema de comissões para aqueles que indicassem novos investidores, caracterizando um esquema típico de pirâmide financeira.
Marcelo Prata, apontado como um dos líderes regionais da Unick Forex, recebia bonificações pelo cargo e, segundo investigações da Polícia Federal, estava envolvido nas atividades ilícitas da empresa. O dinheiro investido na Unick era repassado para empresas laranjas e movimentado por meio de fintechs e contas de terceiros, em um esquema complexo que envolvia a conversão de parte dos valores em bitcoins.
Em outubro de 2019, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lamanai, que resultou na prisão de diversas pessoas ligadas à Unick Forex e no desmantelamento do esquema fraudulento. As investigações revelaram que a empresa movimentava milhões por dia e causou um prejuízo total de bilhões aos investidores, afetando mais de um milhão de pessoas.
Além das prisões, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou a Unick Forex em R$ 12 milhões por práticas irregulares no mercado financeiro. A empresa já havia recebido notificações anteriores do órgão regulador, mas continuou operando até a intervenção das autoridades.
O caso envolvendo Marcelo Prata e a Unick Forex chamou a atenção para os riscos dos esquemas de pirâmide financeira no país, alertando os investidores sobre a importância de verificar a idoneidade das empresas antes de realizar aplicações financeiras. A repercussão do caso reforçou a necessidade de fiscalização e regulação mais eficientes no mercado financeiro brasileiro.