A maioria esmagadora desses animais resgatados eram aves de diferentes espécies, como galos-de-campina, papa-capim e sibite. As ocorrências, em sua grande parte, foram fruto de denúncias da população, mas também demonstram o trabalho preventivo de fiscalização realizado pelo BPA.
Segundo o sargento Rosival Santos, comandante de guarnição no BPA, o desafio de combater o cativeiro ilegal de animais silvestres está relacionado a uma cultura arraigada na sociedade, que demanda repressão e conscientização. Santos destacou a importância de explicar os impactos ambientais negativos dessa prática, ressaltando que manter animais silvestres em cativeiro prejudica a fauna e, consequentemente, o meio ambiente.
É importante ressaltar que o cativeiro ilegal de animais silvestres é considerado crime ambiental, de acordo com o Artigo 29 da Lei 9.605, que prevê detenção e multa para quem realiza essa prática. Após o resgate pelo BPA, os animais são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do IBAMA em Maceió.
As estatísticas demonstram que a maior incidência de ocorrências ocorreu em Maceió e nos municípios da Região Metropolitana de Rio Largo e Marechal Deodoro, com destaque para os bairros da parte alta da capital alagoana. Apesar do alto número de animais resgatados em 2024, houve uma redução em relação aos anos anteriores, o que demonstra um avanço na conscientização da população.
O trabalho incansável do Batalhão de Polícia Ambiental continua sendo fundamental para combater o crime ambiental de cativeiro de animais silvestres em Alagoas. A população pode contribuir denunciando práticas ilegais por meio do 190, disque denúncia 181, ou diretamente com o BPA. É essencial que todos se conscientizem sobre a importância de preservar a fauna silvestre e combater as atividades prejudiciais ao meio ambiente.