O Banco Mundial divulgou novas projeções para a economia brasileira, prevendo um crescimento de 1,7% este ano, um aumento em relação à última previsão de 1,5%. Apesar da melhora nas perspectivas, a instituição ainda aponta uma desaceleração no horizonte para o país, afirmando que o crescimento do PIB em 2024 será inferior ao registrado no ano anterior, quando a economia brasileira avançou 2,9%.
Segundo o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, William Maloney, o Brasil, apesar de ser uma economia significativa, enfrentará um ritmo de crescimento mais moderado nos próximos anos, com projeções de 2,2% em 2025 e 2,0% em 2026. Isso coloca o Brasil entre os países com menor taxa de crescimento na região da América Latina e Caribe, ficando à frente apenas de economias como Colômbia, Bolívia, Argentina e Haiti, este último previsto para entrar em recessão este ano.
O estudo do Banco Mundial destaca a importância da concorrência para impulsionar o crescimento econômico e aponta que o desempenho mais fraco de países como o Brasil terá um impacto na região como um todo. Apesar disso, a instituição reconhece a contribuição do Brasil para a redução da pobreza na América Latina e Caribe, ressaltando que a pobreza está abaixo dos níveis pré-pandemia, em grande parte devido às políticas implementadas pelo país.
Em relação à política fiscal e monetária do Brasil, o Banco Mundial enfatiza a importância de manter uma base forte e resiliente, mesmo diante de possíveis mudanças na meta fiscal. A instituição destaca ainda a redução das taxas de juros pelos bancos centrais independentes de países como Brasil, Chile, Colômbia e Peru, mencionando que as altas taxas de juros nos EUA e fatores externos podem impactar negativamente o desempenho econômico da região.
Com dados recentes indicando uma postergação na expectativa de corte de juros nos EUA, o economista do Banco Mundial alerta para a necessidade de controlar a inflação global para garantir um cenário favorável para os países da América Latina e Caribe. A instituição destaca a importância de fundamentos como educação, apoio aos negócios e infraestrutura, reforçando a necessidade de políticas que impulsionem o crescimento econômico de forma sustentável.
