Banco Central Suspende Cautelarmente Três Instituições Financeiras Após Desvio de R$ 530 Milhões em Ataque Cibernético ao Sistema do Pix



O Banco Central do Brasil tomou uma medida cautelar significativa ao suspender a participação de três instituições financeiras no sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix. As entidades afetadas são a Voluti Gestão Financeira, a Brasil Cash e a S3 Bank. Essa ação ocorre em meio a investigações relacionadas a um ataque cibernético que golpeou a C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos que atende diversas instituições financeiras.

Até o momento, já são seis as empresas desconectadas do sistema devido a suspeitas de envolvimento no desvio de valores utilizando o Pix. As outras três instituições já afastadas são a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay. As apurações do Banco Central visam esclarecer se essas empresas têm alguma ligação com o incidente que resultou no desvio de pelo menos R$ 530 milhões de contas reservas mantidas por bancos na autoridade monetária.

A suspensão, que tem duração de 60 dias, é respaldada pelo Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, que regulamenta o funcionamento do Pix. Segundo essa norma, o BC pode suspender a participação de qualquer instituição cujas ações coloquem em risco a operação regular do sistema de pagamentos.

Em comunicado, a Transfeera confirmou a suspensão, mas assegurou que seus demais serviços permanecem em funcionamento. A empresa enfatizou que nem ela, nem seus clientes sofreram impacto direto do ataque cibernético e declarou estar colaborando com as autoridades para retomar a funcionalidade do Pix.

Por outro lado, a Soffy e a Nuoro Pay, que operam como fintechs sem autorização direta do Banco Central para participar do Pix, não se manifestaram publicamente sobre a situação. As novas suspensões levantam questões sobre a segurança do sistema de pagamentos e a integridade das instituições financeiras envolvidas.

O ataque à C&M Software, responsável por conectar vários bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, provocou um grande furto de valores que foram posteriormente convertidos em criptomoedas. Para agravar a situação, uma recente prisão realizada pela Polícia Civil de São Paulo identificou um funcionário da C&M que, segundo as investigações, facilitou o acesso dos criminosos aos sistemas da empresa.

Com a continuidade das investigações, as autoridades buscam não apenas rastrear os valores desviados, mas também fortalecer a segurança de todo o sistema financeiro brasileiro.

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