Segundo analistas, a iniciativa tem como objetivo reforçar o longo prazo da curva de rendimentos e manter a estabilidade econômica. O PBoC começou a tomar emprestado títulos de médio e longo prazo de credores e agora detém centenas de bilhões de títulos em yuans, que serão emprestados sem prazo fixo por tempo indeterminado.
Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China da Capital Economics, afirmou que as preocupações estruturais sobre a economia chinesa têm influenciado o comportamento dos investidores, levando a uma busca por ativos de baixo risco e queda nos rendimentos dos títulos do governo.
Embora o contrato futuro de títulos do governo chinês de 30 anos e de 10 anos tenham registrado quedas, ainda não está claro se a intervenção do banco central resultará em uma reviravolta significativa nos rendimentos de longo prazo. O PBOC, que detém menos de 5% do estoque total de obrigações do governo chinês, precisará pedir empréstimos no mercado para aumentar suas participações e influenciar os rendimentos.
A expectativa da Capital Economics é que o rendimento dos títulos do governo da China a 10 anos se mantenha estável em cerca de 2,20% até o final de 2025. Além disso, analistas da Goldman Sachs acreditam que o banco central poderá reduzir as taxas de juros para apoiar a economia e impulsionar a inflação interna, utilizando outras ferramentas políticas para reforçar a estabilidade econômica.
Diante desse cenário, o mercado financeiro chinês continua atento às medidas adotadas pelo PBoC e ao impacto que essas ações terão nos rendimentos dos títulos de longo prazo. A expectativa é que o banco central continue monitorando de perto a situação e implementando as políticas necessárias para garantir a estabilidade econômica do país.