Banco Central da Argentina ajusta regime cambial para desvalorização mensal de 1% a partir de fevereiro. Inflação ao consumidor em alta.



O Banco Central da Argentina anunciou, nesta terça-feira, 14, uma mudança significativa em seu regime cambial. Após a divulgação dos dados mais recentes sobre a inflação ao consumidor, a autoridade monetária decidiu ajustar a política cambial do país.

A partir de 1° de fevereiro, o Banco Central permitirá a desvalorização mensal de 1% do peso argentino, em um regime de flutuação cambial conhecido como “crawling peg” ou, em tradução literal, “estaca rastejante”. Anteriormente, o ritmo de depreciação era de 2%, sendo assim, a redução para 1% demonstra uma mudança na estratégia econômica do país.

Segundo o comunicado divulgado pela autoridade monetária, essa decisão foi motivada pela consolidação da trajetória inflacionária nos últimos meses, apesar da alta registrada em novembro para dezembro. A perspectiva é de uma redução da inflação nos próximos meses, refletindo a confiança na economia argentina.

Os dados mais recentes apontam que o índice de preços ao consumidor (CPI) da Argentina acelerou, passando de 2,4% em novembro para 2,7% em dezembro na comparação mensal, de acordo com informações do Indec. No acumulado do ano, a inflação atingiu 117,8% até dezembro, evidenciando a gravidade da situação econômica do país.

O regime cambial “crawling peg” adotado pela Argentina é parte de uma reforma mais abrangente implementada pelo governo Milei, em conformidade com as exigências de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa medida visa normalizar a moeda de forma gradual, buscando maior estabilidade e previsibilidade para a economia argentina.

Com essa mudança no regime cambial, o Banco Central da Argentina espera controlar a inflação e proporcionar um ambiente econômico mais favorável para o país, em meio aos desafios enfrentados pela economia global. A decisão demonstra a busca por soluções efetivas para os problemas econômicos que impactam diretamente a vida dos argentinos.

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