A batalha pela independência na Bahia não se restringiu apenas à capital, Salvador, mas também se estendeu a cidades vizinhas, como Cachoeira e Santo Amaro. Este período foi marcado por intensos embates militares, onde se destacaram as vitórias obtidas por um exército popular, que contava com cerca de 10 mil voluntários, enfrentando um contingente igual de soldados portugueses. Segundo a deputada Lídice da Mata, que participou de uma sessão solene na Câmara dos Deputados para relembrar a data, o envolvimento da população foi crucial neste processo.
Na solenidade, a deputada ressaltou a importância de figuras femininas na luta pela independência, mencionando a heroína Maria Quitéria, que se disfarçou de homem para se juntar ao batalhão conhecido como Voluntários do Príncipe, adotando o nome de “Soldado Medeiros”. Além dela, também foram citadas outras mulheres notáveis, como Joana Angélica e Luiza Mahin, que desferiram resistência contra as tropas portuguesas, simbolizando a força feminina no movimento.
A governadora da Bahia, Jerônimo Rodrigues, fez uma reflexão importante ao ressaltar que a narrativa da independência muitas vezes ignora a contribuição dos povos indígenas, artesãos, agricultores e mulheres. Rodrigues enfatizou a necessidade de uma abordagem educacional para resgatar a verdadeira história da independência, destacando que o fortalecimento da identidade nacional exige paciência e sabedoria.
O dia 2 de julho é uma data de feriado estadual na Bahia, celebrada com desfiles, cerimônias religiosas e culturais que homenageiam os símbolos da resistência local, como o Caboclo e a Cabocla. A participação de figuras como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Joaci Fonseca, na sessão solene demonstra a relevância contínua de se lembrar e discutir este importante capítulo da história nacional.