Bactérias Genitais Podem Revolucionar Investigação de Crimes Sexuais, Aponta Novo Estudo da Ciência Forense



Recentes estudos têm revelado um potencial inovador da microbiologia na ciência forense, especialmente na identificação de autores de crimes sexuais. Pesquisadores australianos descobriram que as bactérias genitais, transmitidas entre pessoas durante relações sexuais, podem servir como marcadores únicos, permitindo a rastreabilidade dos envolvidos em tais atos.

A pesquisa concentra-se em um gene bacteriano específico, conhecido como 16S rRNA, que possui sequências distintas entre diferentes indivíduos. Após o ato sexual, as bactérias deixariam uma “assinatura” que poderia ser detectada posteriormente em uma cena de crime, servindo como uma nova ferramenta na investigação forense. Essa técnica, chamada “sexoma” pelos cientistas, pode ser utilizada em casos onde não há vestígios de esperma, uma situação comum em várias agressões sexuais.

Os cientistas afirmam que esses rastros bacterianos conseguem permanecer detectáveis por até cinco dias após suas transmissões, em contraste com a análise de DNA tradicional, que é mais eficaz apenas nas primeiras 24 horas após um crime. Essa descoberta pode ser crucial para a elucidação de casos de violência sexual, possibilitando que a identificação dos agressores ocorra mesmo quando as evidências físicas já não estão mais disponíveis.

Apesar de seu prometedor potencial, os especialistas destacam que essa abordagem bacteriana ainda apresenta limitações em comparação ao teste de DNA. A técnica demanda investimentos em tempo e recursos financeiros, além de exigir um aprimoramento na precisão e exclusividade das assinaturas bacterianas antes de sua implementação em investigações reais. Na busca por justiça em casos de agressão sexual, o estudo representa um avanço significativo, ainda que os desafios a serem superados permaneçam.

Essa nova abordagem não apenas amplia as ferramentas disponíveis para os profissionais de segurança pública, mas também indica um caminho em direção a um entendimento mais profundo das interações biológicas entre os seres humanos, abrindo portas para inovações futuras na abordagem do crime e da criminalidade.

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