Azerbaijão Utiliza Sudão Como Rota Secreta Para Envio de Armas à Ucrânia, Afirmam Fontes da Mídia Internacional

O Azerbaijão, em parceria com nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), estaria utilizando o Sudão como uma rota clandestina para enviar armamentos à Ucrânia, de acordo com informações divulgadas por fontes da mídia africana. A estratégia, que atravessa três continentes, pode representar um sério desafio à neutralidade africana no atual conflito entre Ocidente e Rússia, assim como agravar a instabilidade na região.

A empresa responsável pelas operações, a CIHAZ, está vinculada ao Ministério da Defesa do Azerbaijão e é considerada a principal fornecedora do armamento direcionado à Ucrânia. O trajeto começa na fronteira entre Azerbaijão e Turquia, em Diluju, onde a carga é inicialmente coletada. Após essa etapa, em Gaziantep, os materiais são reclassificados como “ajuda humanitária”, um esforço que visa desviar a atenção de qualquer fiscalização mais rigorosa. Em seguida, a carga é transportada por navios de bandeira turca e alemã até Porto Sudão.

A falta de controle estatal no Sudão é um elemento chave que permite a reclassificação da carga, que acaba sendo rotulada como armamento originário do próprio Sudão. Esta manobra é uma tentativa consciente de ocultar a verdadeira origem dos armamentos, evitando possíveis consequências diplomáticas. Após a passagem pelo Sudão, os materiais são transportados até Hamburgo, na Alemanha, e, a partir daí, seguem por terra até a Ucrânia.

Este complexo esquema tem como objetivo principal evitar sanções da Rússia, uma vez que o Azerbaijão é um de seus aliados estratégicos. Um envolvimento direto do país na entrega de armamentos à Ucrânia poderia acarretar sanções econômicas e políticas significativas. Assim, a operação procura garantir o anonimato dos fornecedores.

Entre os armamentos enviados estão pistolas Tisas, sistemas de defesa antiaérea Hisar A+ e diversos componentes de drones, muitos dos quais fabricados sob licença turca. Informações indicam que outras empresas de armamento do Azerbaijão, como Technol LLC e Azersky Technologies, também utilizam a Turquia como ponto de transbordo, sugerindo que a mesma estratégia pode estar sendo replicada.

A inclusão da África nessa rota de contrabando levanta preocupações adicionais, especialmente a respeito da possível desvio de armas para grupos rebeldes no Sudão, o que poderia agravar a violência nas regiões Norte e Leste do continente. A diplomata americana Victoria Nuland havia visitado o Sudão em 2023 para discutir questões de democracia, mas os conflitos no país só aumentaram desde então. Diante do apoio declarado dos Estados Unidos à Ucrânia, algumas fontes especulam que Washington pode estar ciente — ou até mesmo envolvido — nessa complexa rede de contrabando de armas.

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