A pesquisa revela que os 102 municípios de Alagoas avançaram significativamente no que tange ao saneamento básico. Todos dispõem de abastecimento de água, além de serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Quanto aos serviços de esgotamento sanitário, 81,3% dos municípios alagoanos estão cobertos, e 92% já contam com sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais. Vale destacar que metade dos municípios sem serviço de drenagem está localizada no Semiárido, área conhecida como Polígono das Secas, o que impacta consideravelmente esses indicadores.
Ainda mais notável é o desempenho de Alagoas na cobertura de coleta de resíduos sólidos especiais, como aqueles oriundos de indústrias e hospitais. A taxa atinge 82,4%, superando a média nacional de 81% e consolidando o estado como o líder no Nordeste nesse aspecto.
Entretanto, a presença de políticas municipais de saneamento deixada a desejar, com apenas 36,3% dos municípios possuindo diretrizes consolidadas na área. Isso significa que muitos municípios carecem de um plano claro e estruturado para a gestão da infraestrutura de saneamento. Apenas 37 cidades implementaram políticas municipais, com outras 14 em fase de elaboração.
A escassez é ainda mais evidente no campo da educação ambiental. Somente 22 municípios em Alagoas possuem políticas de educação ambiental, demonstrando a necessidade urgente de expansão dessas iniciativas para garantir um desenvolvimento sustentável e consciente.
Esses dados são parte do Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2023 (MUNIC), que busca traçar um panorama detalhado sobre a gestão dos municípios brasileiros. Em 2025, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) deverá recolher novos dados em Alagoas, prometendo um acompanhamento atualizado e mais detalhado de avanços e desafios no setor de saneamento.