De acordo com informações de especialistas, as forças russas conseguiram avançar ao sul de Pokrovsk, explorando terrenos abertos que permitem uma maior manobrabilidade e facilitação de estratégias de combate. Emil Kastehelmi, analista militar de um grupo de pesquisa sediado na Finlândia, relatou que entre setembro e novembro de 2024, cerca de 1.554 quilômetros quadrados de território ucraniano foram tomados pelas tropas russas, um espaço que equivale aproximadamente a duas vezes o tamanho da cidade de Nova York. A maior parte dessa área conquistada pertence à República Popular de Donetsk, uma região que tem sido foco dos conflitos desde o início da guerra em 2022.
Kastehelmi também indicou que, com a manutenção do ritmo atual, é possível que a Rússia controle entre 500 a 800 quilômetros quadrados adicionais até o final do ano. Essa expansão territorial tem implicações diretas sobre cidades estratégicas na área, como Toretsk e Konstantinovka, além de aumentar a pressão sobre aglomerações urbanas como Slavyansk e Kramatorsk.
Em resposta a essa nova fase do conflito, a cidade de Pokrovsk já havia iniciado, no passado, a evacuação obrigatória de familiares com crianças, um sinal claro da deterioração da situação de segurança na área. As movimentações no Donbass, portanto, não são apenas um reflexo da estratégia militar russa, mas também um indicativo de como a guerra continua a impactar a vida civil e a infraestrutura da região. A continuidade das hostilidades evidencia a complexidade e a volatilidade da situação, que permanece altamente imprevisível e repleta de tensões.