No entanto, está previsto um reajuste nos preços dos combustíveis pela Petrobras. Magda Chambriard comunicou ao governo que haverá um aumento no preço do diesel, podendo chegar a R$ 0,24 por litro. Isso traz preocupações quanto aos impactos nos custos de transporte e em outros setores da economia.
Anselmo dos Santos, professor da Unicamp, destaca a possibilidade de reajuste nos preços dos fretes devido ao aumento do diesel. Ele aponta que a economia aquecida demanda muito transporte, o que justificaria um ajuste nos custos. Além disso, produtos derivados do diesel, como plásticos e asfalto, também podem ter seus preços influenciados.
A defasagem nos preços da gasolina e do diesel em relação ao mercado internacional é significativa, o que levanta questões sobre a administração dos preços pela Petrobras. O professor Roberto Bocaccio Piscitelli, da UnB, acredita que a situação seria controlável e não teria impactos negativos nos investimentos da empresa.
Por outro lado, a pressão sobre o governo aumenta, especialmente devido ao contexto inflacionário. Bocaccio destaca que o aspecto político permeia as discussões sobre preços e juros, gerando consequências para a popularidade do governo.
O economista aponta para um cenário de perda de capacidade de administração de preços por parte do governo federal, resultado do enfraquecimento da Petrobras ao longo dos anos. Ele destaca a importância de políticas que fortaleçam a produção interna de derivados de petróleo.
Além disso, a previsão de aumento no ICMS a partir de fevereiro deve encarecer ainda mais os combustíveis. Aumentos nas alíquotas do imposto estadual devem impactar diretamente os preços do diesel e da gasolina, evidenciando a necessidade de políticas mais eficientes para lidar com a questão dos combustíveis no país.