O acordo, que estava prestes a ser anunciado, visava a venda do TikTok, mas as novas tarifas de Trump geraram um impasse nas negociações. Para contornar a situação, o presidente também anunciou que irá assinar uma ordem executiva permitindo que o TikTok continue operando nos Estados Unidos por um período adicional de 75 dias. Esse tempo extra será utilizado pelas partes para tratar das negociações que envolvem a aquisição do aplicativo.
Por sua vez, a ByteDance revelou que está em discussões com a administração dos EUA para encontrar uma solução que permita a continuidade da operação da plataforma em território americano. Essa manobra é vista como uma forma de evitar a proibição do aplicativo, que tem enfrentado sérias preocupações por parte das autoridades dos Estados Unidos.
A crise em torno do TikTok se intensificou especialmente após a sanção, em abril do ano anterior, de uma legislação pelo então presidente Joe Biden. Essa lei exigia que a plataforma fosse transferida para o controle de uma empresa americana, com a ameaça de que, caso isso não ocorresse, o TikTok poderia ser banido das operações no país até 19 de janeiro de 2025. Quando a Suprema Corte dos EUA decidiu, de maneira unânime, manter essa lei devido a questões de segurança nacional, o clima de incerteza aumentou ainda mais.
Atualmente, o TikTok possui cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, tornando-se um dos aplicativos mais utilizados no país. Entretanto, as preocupações com a segurança de dados e a possibilidade de que o governo chinês tenha acesso a informações de usuários continuam sendo um tema polêmico que atrai a atenção das autoridades norte-americanas. O aplicativo, por sua vez, já declarou sua posição contrária a essas alegações, defendendo a integridade dos dados dos usuários. O desenrolar dos eventos nas próximas semanas será fundamental para determinar o futuro do TikTok nos EUA e as relações comerciais entre as duas potências.