De acordo com o parecer, a letalidade da meningite em Alagoas alcançou 72,7% em menores de cinco anos no ano de 2024, superando a média nacional e exigindo uma resposta urgente e coordenada para enfrentar a crise. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que, somente este ano, 15 casos de doença meningocócica foram registrados em Alagoas, com 8 óbitos, sendo a maioria dos casos do tipo B.
Diante desse cenário preocupante, o Ministério Público Federal (MPF) tem atuado em conjunto com especialistas em saúde para investigar possíveis falhas na política de saúde pública, especialmente em Maceió, epicentro da endemia. O órgão deu um prazo de cinco dias para que o Estado e os municípios adotem medidas eficazes de combate à doença.
O parecer divulgado pelas Sociedades Alagoanas de Infectologia e Pediatria responde aos questionamentos levantados pelo MPF e destaca a urgência da introdução da vacina meningocócica B (4CMenB) no Sistema Único de Saúde (SUS) como uma medida essencial para controlar a endemia. O Dr. Marcos Gonçalves ressaltou a importância de identificar precocemente os casos de meningite e ampliar a vacinação contra o tipo B para erradicar a doença.
Em meio a essa situação crítica, a conscientização da população, a adoção de medidas preventivas e a disponibilidade de vacinas são fundamentais para conter a propagação da meningite em Alagoas e garantir a saúde e segurança da população, especialmente das crianças, que são mais vulneráveis a essa grave doença.