Aumento de até 4,5% nos preços de medicamentos de uso contínuo impacta consumidores. Alta do ICMS no Rio pode agravar situação.

Os consumidores de medicamentos de uso contínuo estão enfrentando um aumento no preço de seus remédios desde o último dia 31 de março. Cerca de dez mil apresentações de medicamentos tiveram um reajuste de até 4,5%, conforme o teto estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Este aumento anual, no entanto, não é o único impacto financeiro que os consumidores terão que enfrentar, especialmente os moradores do Estado do Rio de Janeiro.

Isso porque, no estado fluminense, além do reajuste autorizado pelo governo federal, houve também um aumento na alíquota do ICMS de 18% para 20%, com a inclusão da taxa do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP), totalizando 22% de imposto. Essa é a maior alíquota de ICMS do país, o que pode resultar em um impacto ainda maior no bolso dos consumidores.

A economista e professora Carla Beni, da Fundação Getulio Vargas (FGV), ressalta que esse aumento nos preços dos medicamentos afeta principalmente as famílias mais vulneráveis, como aposentados, pensionistas e pessoas que dependem de medicação contínua. A combinação do reajuste anual estabelecido e o aumento do ICMS pode dificultar o acesso aos medicamentos essenciais para muitos brasileiros.

Além disso, a alta dos preços dos medicamentos não se limita apenas ao aumento anual autorizado. Uma análise da CliqueFarma constatou que, apesar do teto de reajuste de 5,6% estabelecido para 2023 pela Cmed, alguns medicamentos tiveram aumentos de até 250% no mesmo ano. Angelo Miguel Alves, fundador da ferramenta, destaca que os preços dos medicamentos podem variar significativamente de acordo com descontos praticados pelos laboratórios e negociações com as farmácias.

Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores façam uma pesquisa minuciosa de preços e utilizem estratégias para economizar na compra de medicamentos. Comparar preços entre farmácias, negociar descontos com gerentes, consultar opções de genéricos e programas de fidelidade, além de verificar descontos oferecidos por laboratórios, são algumas das dicas para enfrentar os aumentos nos preços dos medicamentos e garantir o acesso a tratamentos essenciais.

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