Isso porque, no estado fluminense, além do reajuste autorizado pelo governo federal, houve também um aumento na alíquota do ICMS de 18% para 20%, com a inclusão da taxa do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP), totalizando 22% de imposto. Essa é a maior alíquota de ICMS do país, o que pode resultar em um impacto ainda maior no bolso dos consumidores.
A economista e professora Carla Beni, da Fundação Getulio Vargas (FGV), ressalta que esse aumento nos preços dos medicamentos afeta principalmente as famílias mais vulneráveis, como aposentados, pensionistas e pessoas que dependem de medicação contínua. A combinação do reajuste anual estabelecido e o aumento do ICMS pode dificultar o acesso aos medicamentos essenciais para muitos brasileiros.
Além disso, a alta dos preços dos medicamentos não se limita apenas ao aumento anual autorizado. Uma análise da CliqueFarma constatou que, apesar do teto de reajuste de 5,6% estabelecido para 2023 pela Cmed, alguns medicamentos tiveram aumentos de até 250% no mesmo ano. Angelo Miguel Alves, fundador da ferramenta, destaca que os preços dos medicamentos podem variar significativamente de acordo com descontos praticados pelos laboratórios e negociações com as farmácias.
Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores façam uma pesquisa minuciosa de preços e utilizem estratégias para economizar na compra de medicamentos. Comparar preços entre farmácias, negociar descontos com gerentes, consultar opções de genéricos e programas de fidelidade, além de verificar descontos oferecidos por laboratórios, são algumas das dicas para enfrentar os aumentos nos preços dos medicamentos e garantir o acesso a tratamentos essenciais.