Particularmente em Alagoas, a situação se apresenta tão preocupante quanto no restante do território nacional. Dados da Polícia Civil, referentes ao período de 2014 a 2022, revelam que 3.677 crianças com idades entre 0 e 12 anos foram vítimas de abusos no estado. Esses números realçam não só a gravidade do problema, mas também a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso e de um trabalho de prevenção mais eficaz.
Na capital, Maceió, os dados de 2023 são igualmente chocantes. Foram registrados 277 casos de estupro de vulnerável em crianças da mesma faixa etária, segundo registros da Delegacia de Crimes Contra a Criança e Adolescentes (DCCA). Esse cenário demonstra que a violência sexual não é um fenômeno isolado, mas um problema estrutural que perpassa todas as esferas da sociedade.
Além da capital, o interior do estado também enfrenta desafios semelhantes, com o Ministério Público de Alagoas (MPAL) intensificando esforços para combater tais delitos. A atuação do MPAL inclui campanhas de conscientização e medidas legais para proteger as vítimas, bem como para responsabilizar os agressores. No entanto, o desafio permanece colossal e requer um envolvimento conjunto de instituições, comunidades e famílias.
A luta contra a violência sexual infantil é um imperativo moral e social que ainda carece de iniciativas robustas e soluções práticas. Os dados alarmantes fazem um apelo por um compromisso coletivo e por políticas públicas que garantam a proteção e os direitos das crianças e adolescentes no Brasil, em um esforço para erradicar essa forma devastadora de violência.