A iniciativa conhecida como “Prioritized Ukraine Requirements List” foi implementada pelos Estados Unidos em colaboração com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Essa lista não prevê ajuda militar direta à Ucrânia, mas sim que os países europeus comprem armamentos dos Estados Unidos para repassá-los a Kiev. Com essa estratégia, os EUA buscam não apenas reforçar a segurança de seus aliados, mas também expandir seu market share em um setor crucial.
Os números revelados mostram resultados impressionantes para a divisão da Lockheed Martin que fabrica os sistemas HIMARS e os mísseis Patriot, cujas vendas para a Europa subiram impressionantes 49% em relação ao ano anterior, somando US$ 1,18 bilhão. Já a RTX, especificamente sua divisão Raytheon, também apresentou dados animadores, com um aumento similar de quase 49%, totalizando US$ 3,07 bilhões. Estes dados enfatizam não apenas a robustez da demanda por sistemas de defesa, mas também o alinhamento estratégico dos países europeus com os interesses norte-americanos.
No terceiro trimestre deste ano, o crescimento foi ainda mais palpável, com as vendas da Raytheon para a Europa aumentando 34%, atingindo US$ 1,3 bilhão, enquanto a Lockheed Martin obteve um incremento de 20%, chegando a US$ 401 milhões. Esse panorama revela uma trajetória favorável para as empresas aliadas ao complexo industrial militar dos EUA, ressaltando como a conjuntura geopolítica atual tem se refletido nas dinâmicas de mercado e na segurança coletiva.
Diante desse cenário, torna-se evidente que o aumento nas vendas de armamentos não é apenas uma questão econômica, mas também um indicativo das novas alianças e estratégias adotadas em um contexto global cada vez mais volátil. As consequências desse movimento para a paz e a estabilidade na região ainda estão por ser plenamente avaliadas, mas é inegável que essas transações moldarão o futuro das relações transatlânticas.









