No entanto, algumas cidades têm se destacado no cenário da reciclagem, como é o caso de Curitiba. A capital paranaense, que iniciou a separação de resíduos na década de 1990, atualmente recicla 22,5% do que é descartado na cidade, um número muito acima da média nacional. Programas como o Câmbio Verde, que troca materiais recicláveis por alimentos, e o Programa de Compostagem, que utiliza resíduos orgânicos para adubos em hortas urbanas, têm contribuído para o sucesso da reciclagem em Curitiba.
Além disso, a cidade também mantém o Programa Ecocidadão, que remunera associações de catadores que participam da coleta seletiva. Cerca de mil catadores estão envolvidos no projeto e recebem uma média de R$ 1.861 por mês. Essas iniciativas não só contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também geram emprego e renda para a população.
A meta agora é elevar o índice de reciclagem para 30% em Curitiba e aumentar o número de catadores envolvidos na coleta seletiva. Outras cidades, como Florianópolis, também estão investindo em programas de reciclagem e já alcançaram índices superiores a 10%. Com a meta de chegar a 60% de reciclagem até 2030, Florianópolis tem conseguido economizar recursos com aterros sanitários e remunerar trabalhadores pela triagem de materiais recicláveis.
É evidente que a expansão da coleta seletiva é essencial para impulsionar os índices de reciclagem no Brasil e gerar benefícios econômicos e ambientais. A conscientização da população e o apoio do poder público são fundamentais para alcançar esses objetivos e transformar o cenário da reciclagem no país.