Os resultados desta pesquisa, divulgados recentemente pelo CGI, fazem parte da 2ª edição do estudo intitulado “Privacidade e Proteção de Dados Pessoais”, produzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). O levantamento envolveu entrevistas com indivíduos, empresas e organizações públicas ao longo do ano de 2023.
Uma das principais conclusões do estudo é a preocupação dos brasileiros em relação ao fornecimento de dados biométricos. Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados se mostraram apreensivos com a ideia de compartilhar esse tipo de informação. Esse receio se reflete também em relação a setores específicos, como instituições financeiras, órgãos de governo e transporte público, onde os usuários demonstraram maior preocupação.
O aumento na conformidade das empresas com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) também foi observado no levantamento. Entre 2021 e 2023, tanto pequenas quanto grandes empresas realizaram alterações em contratos vigentes para se adequarem à legislação, indicando um avanço nesse aspecto. Setores como construção, transportes, alojamento e alimentação, informação e comunicação, atividades profissionais e serviços foram os que mais implementaram mudanças para se adequar à LGPD.
No entanto, apesar dos avanços, o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, ressaltou que ainda há espaço para aprimorar as práticas de proteção de dados pessoais, especialmente entre as empresas de menor porte. Diante desse cenário, é fundamental que as organizações e o governo busquem melhorar suas estratégias de segurança da informação ao adotar tecnologias que envolvam dados biométricos. É necessário encontrar um equilíbrio entre a utilização dessas tecnologias e a proteção da privacidade dos indivíduos, de forma a garantir a segurança e a confiança dos usuários em relação ao compartilhamento de informações sensíveis.