Em seu discurso, Leonardo Dias expressou sua preocupação com a presença crescente de moradores de rua em locais públicos, descrevendo a situação como “inadmissível” para uma cidade como Maceió. Ele alertou sobre os riscos de saúde e segurança que esses ambientes representam, tanto para as pessoas em vulnerabilidade quanto para a sociedade como um todo. Além disso, apontou os impactos socioeconômicos negativos, especialmente em áreas turísticas como a orla e a Praça Sinimbu.
O vereador falou sobre os esforços de seu mandato em destinar mais de R$ 1 milhão em emendas para projetos sociais, como o apoio à Casa de Ranquines, que fornece alimentação e assistência médica a essas pessoas. No entanto, ele enfatizou a necessidade de soluções mais estruturais e permanentes, como acesso a emprego e moradia fixa.
Durante a audiência, foi mencionado um futuro projeto do Executivo municipal que pretende contratar 100 pessoas em situação de rua para trabalhar na zeladoria urbana, oferecendo um salário mínimo e suporte contínuo. Para Dias, a dignidade proporcionada pelo trabalho é um passo essencial na reintegração social dessas pessoas vulneráveis.
Rafaele Machado, coordenadora nacional do Movimento de População em Situação de Rua, ressaltou a importância de estudos aprofundados sobre as causas da situação, assim como a reativação do Comitê Municipal da População de Rua. Ela criticou o modelo de abrigo temporário e defendeu alternativas que priorizem moradia, trabalho e responsabilidade social.
O secretário municipal de Segurança Cidadã, Eduardo Marinho, destacou os avanços da gestão atual, incluindo a criação de três Centros Pop e casas de passagem, além da qualificação dos guardas que atendem a essa população. Frei Gabriel, da Casa de Ranquines, completou a discussão sublinhando a necessidade do esforço conjunto na busca por soluções que ofereçam dignidade e autonomia para aqueles em situação de rua.
Ao encerrar a audiência, Leonardo Dias reafirmou a urgência de ações concretas, enfatizando que o diálogo estabelecido ali deveria estimular uma força-tarefa colaborativa, englobando entidades públicas e privadas, além da própria comunidade em situação de rua. A esperança é que esforços conjuntos promovam mudanças significativas e sustentáveis.