Audiência discute baixa taxa de aprovação do Revalida em 2022 e possíveis falhas na correção das provas médicas.

A baixa taxa de aprovação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2022 será discutida em audiência pública promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12). O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) solicitou o debate, alegando preocupação com os resultados alarmantes do exame.

De acordo com Melo, a taxa de aprovação no Revalida realizado no segundo semestre de 2022 foi de apenas 3,75%, a menor desde o início do exame em 2011. Cerca de 96% dos candidatos foram reprovados na primeira ou na segunda etapa, resultando na não revalidação de seus diplomas. O parlamentar destaca a gravidade desse cenário, uma vez que sem a aprovação no Revalida, brasileiros ou estrangeiros formados em medicina no exterior não podem solicitar o registro nos conselhos de medicina do Brasil.

O Revalida é um exame aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com o objetivo de avaliar e validar os diplomas de médicos que se formaram no exterior e desejam atuar no país. Entretanto, diversos médicos brasileiros formados no exterior questionam a consistência do conteúdo das provas, alegando aumento indevido na nota de corte e falta de coerência nas correções.

Muitos candidatos afirmam que as provas são elaboradas com o intuito de reprovar e apontam um possível “boicote” aos formados no exterior. Além disso, houve casos em que recursos contra o resultado do exame foram negados pelo órgão responsável, levando os candidatos a buscarem a Justiça para tentar reverter a situação.

Diante desse panorama, a audiência pública busca investigar as razões por trás da baixa taxa de aprovação no Revalida em 2022. A pauta e a lista completa de convidados podem ser conferidas no site da Câmara dos Deputados. O debate está marcado para as 10 horas e ocorrerá no plenário 9.

É importante destacar a relevância desse tema, uma vez que a atuação de médicos formados no exterior é crucial, principalmente em regiões com carência de profissionais da área da saúde. Portanto, é fundamental que o processo de revalidação de diplomas seja transparente, justo e coerente, garantindo assim a qualidade do exercício da medicina no país. A expectativa é que a audiência pública traga esclarecimentos e possíveis soluções para a problemática apresentada.

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