Pedro Cardoso ressaltou em seu texto que não tinha intenção de fazer qualquer tipo de homenagem aos dois falecidos, destacando que ambos tiveram uma relação estreita com o regime ditatorial que governou o Brasil durante anos. Ele afirmou que a ditadura militar foi responsável por torturas e assassinatos de opositores, e que não era possível ignorar o passado dos homenageados.
Além disso, o ator criticou veementemente a postura de outros famosos que, apesar de se posicionarem a favor da democracia, prestaram homenagens a Delfim Netto e Silvio Santos. Para ele, há uma grande hipocrisia na forma como alguns artistas buscam agradar aqueles que já são ricos, sem considerar o histórico controverso de ambos os homenageados.
Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda durante a ditadura militar, e Silvio Santos, conhecido por sua relação amistosa com os diversos governos, foram figuras emblemáticas que marcaram época no cenário político e midiático do Brasil. O posicionamento de Pedro Cardoso suscitou debates nas redes sociais e levantou questões sobre a memória histórica do país.
Em uma sociedade cada vez mais polarizada, as declarações do ator reforçam a importância de se refletir criticamente sobre o passado e sobre as figuras públicas que são exaltadas. A discussão provocada por suas palavras evidencia a necessidade de se questionar os ídolos e heróis construídos pela mídia e pela sociedade, confrontando-as com a complexidade da história e das relações de poder.