Ato de Bolsonaro em Copacabana tem menor público da sua carreira, segundo pesquisas; PM diz que 400 mil compareceram.



No último domingo, 16 de março de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro realizou um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, que se destacou por reunir um público significativamente menor do que o esperado. A manifestação, cujo objetivo era defender a anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, acabou se tornando a menos frequentada em comparação com outros eventos realizados por Bolsonaro ao longo de sua trajetória política.

Apesar da expectativa inicial de que o ato atraísse cerca de 1 milhão de pessoas, várias estimativas oficiais sugerem que o público ficou muito aquém desse número. O Monitor do Debate Político, vinculado ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), contabilizou apenas 18,3 mil participantes, enquanto o Datafolha estimou 30 mil e o site Poder360 apontou um total de 26 mil presentes. Esses números contrastam fortemente com as multidões que costumavam comparecer a eventos anteriores do ex-presidente, como o ato em São Paulo, na Avenida Paulista, em fevereiro de 2024, que atraiu aproximadamente 300 mil pessoas.

Os dados apresentados indicam um declínio notável no apoio a Bolsonaro, especialmente se comparados aos números de outros atos realizados em Copacabana e na Avenida Paulista nos últimos anos. Por exemplo, em abril de 2024, um encontro na mesma praia reuniu cerca de 45 mil pessoas, enquanto um ato em setembro de 2024 contou com 60 mil participantes, visivelmente inferior aos quase 100 mil que estiveram presentes no evento do mesmo dia em 2022.

Curiosamente, a única estimativa que sugeriu um número elevado de manifestantes foi fornecida pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que, apesar de ser subordinada a Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro, alegou que o ato tinha reunido 400 mil pessoas. Essa discrepância nas contagens evidencia não apenas as divergências na percepção sobre o apoio ao ex-presidente, mas também levanta questões sobre a mobilização política em um cenário cada vez mais polarizado.

Em resumo, o ato em Copacabana representa um momento crítico para Bolsonaro, que parece enfrentar um desafio crescente em recuperar a base de apoio que uma vez o sustentou. O evento, marcado por suas expectativas frustradas, pode sinalizar uma mudança no panorama político à medida que se aproximam as eleições de 2026.

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