Ativistas, incluindo Greta Thunberg e brasileiro, detidos em Israel ao tentar levar ajuda humanitária à Gaza; Brasil condena ação como violação do direito internacional.



No último fim de semana, um grupo de 12 ativistas, entre eles o brasileiro Thiago Ávila e a conhecida sueca Greta Thunberg, foi interceptado pelas Forças de Defesa de Israel enquanto se dirigiam à Faixa de Gaza com uma missão de ajuda humanitária. Os ativistas fazem parte da chamada “Flotilha da Liberdade”, a qual tem acusado Israel de cometer atos genocidas na região, levantando preocupações sobre a grave situação humanitária que o território enfrenta.

Em uma atualização feita na noite de terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que Ávila, juntamente com os outros membros do grupo, foi levado para Israel. A nota destaca que o ativista se recusou a ser deportado imediatamente, resultado no seu encaminhamento para um centro de detenção. A Embaixada do Brasil está acompanhando o caso de perto, prestando a assistência necessária a Ávila, que teve seu depoimento ouvido por uma juíza do Tribunal de Revisão de Detenção.

A chancelaria brasileira expressou preocupação com as atuais condições na Faixa de Gaza, que sofre com uma crise humanitária severa, incluindo fome e desnutrição em larga escala. O governo brasileiro condenou as restrições à entrada de produtos essenciais na região, reforçando que isso fere o direito internacional humanitário.

O Brasil também se manifestou de maneira enfática em relação à interceptação do veleiro Madleen, que aconteceu em águas internacionais. Segundo o governo, essa ação das forças israelenses é uma clara violação das normas internacionais, levando o Brasil a reiterar seu pedido pela libertação de Thiago Ávila e a solicitar que Israel garanta seu bem-estar e saúde enquanto estiver detido.

Além disso, nesta mesma semana, um comboio formado por carros e motocicletas partiu da Tunísia em direção à Faixa de Gaza, numa tentativa de pressionar o governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a suspender o bloqueio que atinge o enclave. Batizado de “Comboio da Resiliência”, o movimento conta com cerca de 2 mil participantes, incluindo políticos tunisianos, ativistas de direitos humanos, médicos e jornalistas. As expectativas são altas, com a possibilidade de que ativistas de outros países da região se juntem ao comboio durante a jornada.

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