A sequência de eventos que culminou nesse trágico desfecho teve início quando a família de Cintia, preocupada com seu súbito desaparecimento, procurou a Polícia Civil de Goiás para registrar o ocorrido. O marido da vítima relatou que a havia deixado no trabalho, mas ela não foi mais vista desde então. A investigação policial revelou que a vítima entrou no local de trabalho, mas não saiu mais dali, levantando suspeitas que se confirmariam de maneira trágica.
Durante a investigação, as autoridades identificaram uma anomalia na cerca elétrica que separava a casa onde a vítima trabalhava de um lote vizinho abandonado. Ao investigar o terreno vizinho, a polícia localizou o corpo de Cintia, que havia sido transferido do local do crime para lá, na tentativa de ocultar o macabro delito.
As imagens de segurança foram cruciais para reconstituir os instantes finais da vítima. Ficou claro, pelas gravações, que apenas três pessoas estavam presentes: Cintia, Marcelo Júnior, e um casal de idosos acamados. As investigações policiais, que contaram com depoimentos de diversas testemunhas, levaram à captura do suspeito.
Marcelo foi detido em flagrante pouco após a descoberta do crime. Em seu depoimento, confessou, com detalhes perturbadores, como assassinou e ocultou o corpo da colega. A motivação para o ato hediondo, segundo o próprio autor, foi a recusa de Cintia em aceitar suas investidas. Durante a tentativa de aproximação indesejada, a vítima revidou com um tapa, o que teria desencadeado em Marcelo uma ira assassina.
Incapaz de aceitar a rejeição, Marcelo estrangulou Cintia com um mata-leão e, posteriormente, utilizou uma fita de amarrar fraldas, um item corriqueiro no local em razão dos cuidados necessários aos idosos, para perpetuar o crime. A ocorrência expõe, uma vez mais, a urgência de se discutir e combater a violência de gênero e o feminicídio, destacando a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir e punir tais crimes em nossa sociedade.