Vários ataques israelenses foram direcionados às regiões de Tyre e Nabatiye, que ficam relativamente distantes da fronteira entre Israel e o Líbano. No sábado (22/2), o exército israelense já havia bombardeado a região da fronteira entre o Líbano e a Síria, alegando a intenção de impedir que o movimento pró-iraniano trouxesse armas para o Líbano.
Desde o final de novembro, há um frágil cessar-fogo em vigor no Líbano entre Israel e o Hezbollah, após um período de hostilidades que incluiu dois meses de confrontos mortais. No entanto, Israel continua a realizar ataques no território libanês, gerando acusações de violações da trégua por ambas as partes.
O exército israelense concluiu a sua retirada do sul do Líbano em 18 de fevereiro, mas permanece em cinco posições estratégicas na região. Enquanto isso, o Hezbollah está realizando o funeral do seu líder Hassan Nasrallah, morto em setembro passado durante um bombardeio em Beirute. Milhares de pessoas se reuniram no sul de Beirute para prestar homenagens ao líder, demonstrando a capacidade de mobilização do partido xiita, apesar das adversidades enfrentadas durante a guerra.
Com cerca de 4 mil soldados e policiais libaneses, juntamente com 25 mil militantes do Hezbollah mobilizados para garantir a segurança do evento, o funeral de Hassan Nasrallah representa uma demonstração de força e unidade do grupo xiita. O Hezbollah busca enviar uma mensagem tanto aos seus aliados quanto aos seus inimigos, demonstrando que ainda possui recursos consideráveis e capacidade de mobilização inigualável. O evento está marcado para entrar para a história do Líbano como um dos mais grandiosos já realizados no país.