Ataques em Gaza: Cresce o Número de Mortes e Deslocados
Neste último domingo, 3 de agosto de 2025, a situação na Faixa de Gaza tornou-se ainda mais crítica, com relatos que indicam a morte de 75 palestinos, conforme informado pela Defesa Civil local. As vítimas estavam dispersas em diversos pontos do território, incluindo áreas próximas a centros de distribuição de ajuda humanitária e uma escola que serve como abrigo para pessoas deslocadas devido à violência.
De acordo com Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, 28 palestinos foram mortos em Khan Younis, sendo 23 deles nas proximidades de centros de ajuda, muitos deles apoiados pelos Estados Unidos. Tragicamente, três pessoas morreram em um ataque aéreo direcionado a uma escola que acolhe cidadãos que perderam suas casas. No norte da Faixa de Gaza, o cenário não foi diferente: 18 pessoas faleceram e outras 198 ficaram feridas durante um tiroteio atribuído a militantes israelenses, que ocorreu enquanto as vítimas esperavam por assistência. No centro, um novo ataque resultou na morte de sete pessoas em circunstâncias similares.
A situação nos hospitais de Gaza é alarmante, com descrições de superlotação extrema. Munir al-Barash, diretor-geral das autoridades de saúde da região, declarou que a ocupação dos leitos já ultrapassa 180% e, em alguns casos, chega a 300%. Reportagens indicam que os corredores dos hospitais estão sendo utilizados para acomodar pacientes, em meio a um contexto que ele qualificou como “um desastre de saúde” e um “crime contra a humanidade”.
Estatísticas divulgadas pelas autoridades de saúde em Gaza são assustadoras. Desde o início da nova onda de ataques israelenses em março deste ano, contabiliza-se a morte de ao menos 9.350 palestinos, além de 37.547 feridos. O total de vítimas fatais desde outubro de 2023 alcança a impressionante cifra de 60.839, enquanto o número de feridos se aproxima de 150 mil.
A escalada da violência e o colapso dos serviços de saúde em Gaza levantam preocupações globais e ressaltam a urgência de uma solução pacífica para um conflito que perdura por décadas. Com as operações militares de Israel em expansão, a possibilidade de um cessar-fogo se torna cada vez mais distante, alimentando a crise humanitária que assola a região.
