Ataques de Israel contra Hezbollah violam cessar-fogo no Líbano, alerta Defesa israelense em meio a tensões crescentes.



O Exército de Israel realizou, nesta semana, uma série de bombardeios contra o grupo Hezbollah no Líbano, apenas três dias após a entrada em vigor de um frágil cessar-fogo na região. As autoridades de defesa de Israel alegaram que os alvos dos ataques estavam relacionados ao transporte de armas pelo grupo Hezbollah, que, segundo Israel, estaria violando o acordo de paz.

O cessar-fogo no Líbano foi estabelecido na semana passada, após meses de intensos ataques aéreos e conflitos na região. Conforme os termos do acordo, espera-se que as forças israelenses se retirem gradualmente do sul do Líbano em um prazo de dois meses. Da mesma forma, a milícia xiita Hezbollah deverá recuar de suas posições ao norte do rio Litani e desmantelar sua infraestrutura militar no sul do país.

No entanto, ainda há incertezas sobre o retorno das cerca de 1 milhão de pessoas que foram deslocadas pelo conflito e que aguardam a oportunidade de retornar para suas casas em segurança. O Exército de Israel justificou os bombardeios realizados no sul do Líbano ao detectar atividades do Hezbollah que representam uma ameaça, descrevendo quatro ataques que foram executados.

Além disso, a Defesa israelense informou que um dos alvos dos bombardeios, localizado na fronteira entre Líbano e Síria, estava sendo utilizado ativamente pelo Hezbollah para transportar armas da Síria para o Líbano, o que foi considerado uma violação do acordo de cessar-fogo. Os outros três ataques foram realizados após a identificação de integrantes da milícia libanesa se aproximando de estruturas do Hezbollah, portando armas ou envolvidos em atividades terroristas.

Por outro lado, o Hezbollah ainda não se pronunciou sobre os bombardeios. Enquanto no Líbano a trégua parecia ser mantida, em Gaza a situação é diferente, com as forças israelenses continuando suas ofensivas no norte do enclave palestino. A Defesa Civil Palestina em Gaza denunciou a morte de mais de 70 pessoas em ataques em Beit Lahia, ao norte da Cidade de Gaza, devido ao bloqueio israelense que impede o resgate das vítimas.

As equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para operar na região, tornando complicado o acesso a informações confiáveis sobre as vítimas. Enquanto isso, o Exército de Israel negou os ataques em Beit Lahia, atribuindo tais relatos à “propaganda falsa do Hamas” e reafirmando que suas operações são direcionadas contra terroristas e alvos do Hamas, não contra civis em Gaza, considerando a área mencionada como uma “zona de guerra ativa”.

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